Uma pesquisa realizada pela Harvard Business Review aponta que 70% dos projetos de TI são entregues fora do prazo, sendo grande parte deles projetos de softwares. Segundo outro estudo aplicado pela Universidade de Oxford, projetos de TI ultrapassam em média 45% do orçamento inicial e atrasam em 7% o cronograma original.
Esses números revelam um problema estrutural na gestão de projetos de tecnologia e levantam uma questão importante: por que ainda é tão comum que projetos de TI atrasem, mesmo em um contexto de tanta evolução metodológica e tecnológica?
Nesse artigo, o objetivo é apresentar quais os principais motivos que levam a esses atrasos e entender um pouco melhor o cenário de desenvolvimento de software no Brasil, além do que empresas podem fazer para não caírem nessas estatísticas. Vamos lá?
Antes de apontar os principais motivos, é importante entender que atrasos em projetos de TI raramente acontecem por um único fator isolado. Normalmente, são o resultado de uma combinação entre falhas de planejamento, comunicação deficiente, priorização incorreta e ausência de processos maduros de gestão.
Identificar essas causas é o primeiro passo para corrigi-las e construir uma operação de desenvolvimento mais previsível e eficiente.
Para que um projeto tenha sucesso e seja realizado no prazo combinado, é essencial que seu objetivo seja claro, mensurável e compartilhado entre todas as partes envolvidas.
Muitas vezes observamos empresas que não possuem um bom planejamento de projeto, sem um escopo validado ou entendimento profundo do problema que estão tentando resolver, e por isso no meio do caminho acabam encontrando obstáculos que prejudicam e atrasam o andamento das tarefas, o que além de diminuir sua qualidade também atrasa o projeto, já que medidas que não estavam nos planos tiveram que ser tomadas.
Por isso, é muito importante que o discovery do projeto seja muito bem feito. Ele garante que as expectativas do cliente e da equipe estejam alinhadas, permitindo que o cronograma e o investimento reflitam a realidade do projeto. Quando isso não acontece, o caminho entre a ideia e a entrega se torna incerto.
Um software bem-feito é aquele que entrega valor real com qualidade e consistência. Projetos que tratam o teste como uma etapa isolada, e não como um processo contínuo, tendem a acumular falhas e bugs, aumentando o retrabalho e comprometendo prazos.
A ausência de uma cultura de QA (Quality Assurance) robusta é um dos principais motivos de atraso. Testes manuais e automatizados precisam ser aplicados desde as primeiras entregas, garantindo que cada increment seja validado antes de avançar para a próxima fase. Essa prática reduz o retrabalho, melhora a experiência do usuário e mantém a equipe focada em evoluir o produto, e não em apagar incêndios.
Projetos de desenvolvimento de software envolvem variáveis como dependências externas, complexidade técnica, integrações e equipes multidisciplinares. Ignorar a análise de riscos significa abrir mão de antecipar problemas previsíveis e, consequentemente, de reagir de forma estruturada quando eles surgirem.
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Empresas maduras em engenharia de software tratam a gestão de riscos como uma atividade contínua, revisando periodicamente o backlog, o roadmap e as métricas de desempenho. Essa disciplina cria previsibilidade e aumenta a segurança de retorno sobre o investimento.
Outro ponto crítico é a falta de sincronização entre as equipes técnicas e o cliente. Quando não existe um canal de comunicação eficaz, problemas simples podem se transformar em grandes gargalos.
Metodologias ágeis são poderosas nesse sentido — mas somente se acompanhadas por uma cultura de transparência e accountability. Daily meetings, revisões de sprint e check-ins constantes com o cliente ajudam a manter o projeto em rota, ajustando prioridades e evitando surpresas no final do ciclo.
Foco em estar com as expectativas alinhadas com as do seu cliente é um dos principais fatores para não atrasar projetos. A partir do momento em que a empresa e seu cliente estão cientes do que está acontecendo e em que fase está o produto, fica muito mais difícil que aconteçam imprevistos.
Um projeto bem executado não depende apenas de tecnologia, mas também de pessoas capacitadas e processos maduros. Por isso, investir em capacitação quanto à gestão de projetos, entrosamento da equipe e um bom plano de negócio são outras maneiras que também aumentam o nível de qualidade do projeto e reduzem as chances de atrasar entregas.
A partir desse artigo é possível concluir que ainda falta maturidade para empresas de tecnologia em relação à gestão de projetos. Em diversos casos, o atraso não está necessariamente ligado à qualidade técnica, mas à falta de uma estratégia clara de planejamento, investimento e capacitação em gestão.
Quando uma organização não tem processos bem definidos, acaba errando não na execução do software, mas na assertividade na definição de prazos, escopo e estrutura necessária para a conclusão das tarefas. Isso compromete não apenas o cronograma, mas também a credibilidade do fornecedor diante do cliente.
A boa notícia é que o mercado tem amadurecido. Cada vez mais podemos encontrar empresas que conseguem atender às expectativas dos clientes, aplicar metodologias ágeis com responsabilidade e cumprir com seus prazos. Esse avanço demonstra que a maturidade em engenharia de software está evoluindo, impulsionada por times mais preparados e processos mais estruturados.
Mesmo que ainda exista um longo caminho pela frente, já é possível observar uma transformação positiva: organizações priorizando previsibilidade, comunicação e qualidade técnica acima da pressa, garantindo que os projetos de TI gerem valor real e sustentável.
A DB1 Global Software acredita que a excelência em desenvolvimento de software nasce do equilíbrio entre planejamento, técnica e parceria. É assim que transformamos desafios em entregas que duram gerações e constroem relações de confiança entre pessoas e tecnologia. Ficou curioso para entender tudo isso na prática? Fale com nosso time!
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