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Como cumprir os prazos do Open Finance Brasil com arquitetura flexível e equipes externas

Nilson Soares
1 de setembro de 2025

O Open Finance Brasil segue avançando em seu cronograma regulatório, e as instituições participantes precisam lidar com uma realidade incontornável: o relógio não para.  

Os prazos do Banco Central são rígidos e exigem uma disciplina técnica que muitas vezes entra em conflito com a sobrecarga dos times internos. O problema não é apenas “entregar rápido”, mas garantir sustentabilidade técnica e compliance contínuo. 

Para líderes de tecnologia, produtos e inovação, o desafio vai além da velocidade. Neste artigo, você entenderá mais como uma arquitetura flexível combinada com o reforço de squads externas especializadas pode ser a chave para cumprir prazos regulatórios sem abrir mão da qualidade. Vamos lá? 

O que é o Open Finance Brasil e por que a entrega é tão crítica 

O Open Finance Brasil é a evolução natural do Open Banking, ampliando o escopo de dados e serviços compartilhados por meio de APIs padronizadas. Ele se estruturou em fases: as duas primeiras voltadas para compartilhamento de dados de instituições financeiras e clientes, e a terceira dedicada à iniciação de pagamentos. A etapa atual, mais ampla, foca na integração de serviços como crédito, câmbio, investimentos e seguros. 

Essa transformação posiciona o Brasil como um dos países mais avançados em termos de arquitetura regulatória. No entanto, os riscos de não acompanhar esse cronograma são altos. 

Afinal, instituições que atrasam a implementação enfrentam sanções regulatórias, perdem relevância em um mercado que valoriza a interoperabilidade e comprometem sua reputação técnica perante investidores, parceiros e clientes. 

Antecipar entregas regulatórias pode ser mais vantajoso do que segui-las no limite. Quem se adianta ganha vantagem competitiva ao explorar novos modelos de negócios e produtos, além de demonstrar solidez operacional e tecnológica. Em contrapartida, o atraso implica em custos diretos, perda de confiança e exposição a riscos de compliance que são difíceis de remediar posteriormente. 

Os principais desafios para cumprir o cronograma Open Finance técnico 

Muitas instituições financeiras brasileiras convivem com sistemas legados que frequentemente não acompanham a cadência de evolução exigida pelo Open Finance Brasil. Arquiteturas monolíticas tornam ajustes lentos e caros, criando gargalos que travam projetos críticos. Essa é uma realidade que desafia bancos tradicionais e fintechs de médio porte. 

Outro obstáculo relevante está na falta de especialistas em arquitetura regulatória e em padrões como OpenID e FAPI. Mesmo equipes de engenharia robustas sofrem com lacunas de conhecimento, que se tornam ainda mais graves diante de prazos rígidos impostos pelo Banco Central. Essa escassez força muitas empresas a improvisar soluções que comprometem a governança. 

Além disso, os times internos já lidam com um backlog denso de demandas de negócio. A sobrecarga reduz a capacidade de absorver novos projetos e amplia o risco de atrasos. Some-se a isso a necessidade de integrar APIs de registradoras e terceiros, o que aumenta a complexidade técnica e o volume de testes exigidos para manter a confiabilidade. 

Como a arquitetura flexível ajuda a acompanhar a evolução do Open Finance Brasil?

Executivos analisam documentos e gráficos financeiros, representando o impacto estratégico do Open Finance Brasil.
A arquitetura flexível pode ser uma grande aliada nos seus prazos regulatórios do Open Finance Brasil.

Uma arquitetura flexível é construída para mudar sem comprometer a operação. Em vez de depender de sistemas monolíticos, ela utiliza microsserviços desacoplados, que permitem evoluir componentes específicos sem impactar o todo. Essa abordagem é essencial para lidar com a constante atualização de regras regulatórias. 

O versionamento de APIs garante retrocompatibilidade, permitindo que novos serviços sejam adicionados sem inviabilizar integrações já existentes. Da mesma forma, o isolamento de componentes críticos protege a operação contra falhas localizadas, reduzindo o risco de interrupções em cascata. Essa estratégia já é utilizada em instituições que processam bilhões de requisições diárias. 

Além disso, a infraestrutura observável complementa esse modelo ao fornecer visibilidade em tempo real sobre o funcionamento do ecossistema. Monitorar métricas de desempenho, logs e auditorias facilita a comprovação de conformidade, elemento central em ambientes financeiros regulados. Sem observabilidade, qualquer ajuste se torna um salto no escuro. 

Equipes externas como alavanca estratégica (e não só mão de obra extra) 

Em um cenário de prazos apertados, squads externas qualificadas não devem ser vistas apenas como reforço de mão de obra, mas como uma extensão estratégica dos times internos. Quando bem integradas, elas trazem expertise regulatória, aceleram entregas e reduzem a curva de aprendizado em áreas críticas. 

Um exemplo é a implementação de módulos de iniciação de pagamento, que exigem conformidade absoluta com padrões de segurança. Squads externas com experiência nesse tipo de entrega conseguem avançar em paralelo às equipes core, evitando conflitos de prioridade e acelerando a homologação junto ao Banco Central. 

Além disso, parceiros com cultura de entrega auditável trazem maturidade em processos de testes automatizados, gestão de riscos e documentação técnica. Isso assegura que a velocidade não comprometa a governança, permitindo que o cliente se concentre em inovação enquanto mantém conformidade. 

Essa abordagem é especialmente interessante em momentos de integração entre ecossistemas. Projetos que envolvem registradoras, parceiros de câmbio ou plataformas de crédito demandam testes exaustivos e padronização de APIs. Com apoio externo, as instituições reduzem riscos de incompatibilidade e garantem maior previsibilidade no cumprimento do cronograma. 

Leia também: “Tecnologia bancária: como tornar seu app financeiro mais competitivo?” 

Boas práticas para não errar na reta final do cronograma Open Finance 

Cumprir prazos regulatórios não é apenas uma questão de velocidade, mas de planejamento estruturado. O uso de boas práticas claras aumenta a previsibilidade das entregas e reduz o risco de falhas. Entre as principais recomendações: 

  • Entregas incrementais e auditáveis: releases menores reduzem riscos e permitem ajustes contínuos, em vez de concentrar tudo em uma entrega única. 
  • Alinhamento multidisciplinar: tecnologia, jurídico e segurança da informação devem trabalhar juntos desde o início para evitar retrabalho e atrasos críticos. 
  • Monitoramento contínuo: infraestrutura observável e testes automatizados asseguram detecção precoce de falhas e comprovação de conformidade. 
  • Gestão de riscos integrada: cada componente deve ter métricas de saúde técnica e planos de contingência claros. 
  • Evite atalhos de integração: soluções improvisadas podem parecer eficientes, mas criam dívidas técnicas que limitam a evolução futura. 

Esses pontos, quando aplicados em conjunto, ajudam a transformar pressão regulatória em oportunidade estratégica. Eles garantem velocidade sem perder governança, fator decisivo em um ambiente financeiro tão dinâmico e regulado como o brasileiro.  

O cronograma do Open Finance Brasil exige mais do que pressa. Exige visão de longo prazo, disciplina técnica e escolhas conscientes. Quer ter essa visão dentro da sua realidade? Fale com o time da DB1 e entenda mais como podemos te ajudar! 

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